Sabemos que uma boa comunicação gera conexões reais, relações de confiança, além de potencializar resultados melhores. Tudo começa com o tipo de escuta que você pratica durante o diálogo. Às vezes, percebemos que o ouvinte não está, de fato, atento ao que está sendo dito, gerando a sensação de que não está “presente” na conversa.

Escutar significa mais do que ouvir, envolve a compreensão do que a outra pessoa está dizendo. É uma questão de postura durante a comunicação. O mais comum é ouvir rapidamente para logo responder, ou melhor, aquele que aguarda a primeira oportunidade para voltar a falar. Um hábito enraizado no modo de agir e dialogar, às vezes sem notar, que impede uma conexão emocional e verdadeira com o interlocutor.

Você sabia que existem diferentes níveis de escuta?

Especialistas apontam 6 níveis de escuta, sendo a escuta empática o melhor nível que podemos praticar.
As escutas passiva, estimulada, seletiva e atenta são consideradas de baixo nível de envolvimento durante uma conversa. Estes tipos de escuta se resumem a preparar uma resposta enquanto está ouvindo, ou ainda, escolher partes do que foi dito para discutir sem entender o todo.
Já, as escutas ativa e empática, são consideradas mais eficientes e diferenciadas.

O que é escuta empática?

Escuta empática significa compreender o ponto de vista do interlocutor de forma genuína, reconhecendo que existem sentimentos em relação ao tema, sem se envolver, ao mesmo tempo em que se coloca no lugar do outro. Este tipo de escuta desenvolve um ambiente favorável para que todos tenham confiança em uma negociação, por exemplo. O objetivo é gerar convergência nos interesses por meio da satisfação de desejos emocionais.

A escuta empática melhora os níveis de produtividade nas empresas. Colaboradores que se sentem à vontade ao falar, opinar e até mesmo defender seus pontos de vista, geram um ambiente de inovação, mais leve e acolhedor. Como disse Peter Drucker, o pai da administração moderna, “A parte mais importante da comunicação é ouvir aquilo que não foi dito”. Somente a escuta empática permite essa capacidade, que, apesar de reconhecida como importante no mundo corporativo, não costuma ser exercida como deveria.

O que podemos evitar durante a comunicação?

Devemos evitar interrupções ou distrações. Outro cuidado é quando fechamos a câmera em reuniões virtuais. Não podemos dar a impressão de que estamos fazendo outras coisas e que o assunto não tem tanta importância. Barulhos, toques de celular e tudo o que possa quebrar o raciocínio compromete a credibilidade e o resultado esperado.

Outro ponto é quando não concordamos com o que está sendo dito e, mesmo que você não concorde, não há necessidade de dar uma resposta imediata. No momento certo, mostre seu ponto de vista e discuta o problema, não a pessoa.

Por isso, não julgue as opiniões que estão sendo compartilhadas. Isso faz com que você seja mais acessível e interessante, pois as pessoas se sentem atraídas em manter uma conversa com alguém que possui uma mente aberta e está disposto a escutar.

O que acha de colocar em prática a escuta empática?

Demonstrar interesse, respeito e valorizar um diálogo é o primeiro passo para conquistar bons resultados em uma comunicação. Melhorar o relacionamento interpessoal, otimizar o tempo e aumentar a autoconfiança são benefícios gerados pela escuta empática.

Portanto, pratique e veja a diferença!

Texto escrito por: Luiz Aurélio Chamlian, sócio proprietário da Dinâmica, autor do livro “12 Cs do Ciclo do Sucesso”